Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mais 2 receitas deliciosas!

A primeira foi feita num desses domingões em que todo mundo estava na casa da Polly e sobrou pra mim a boa tarefa de cozinhar. Então fui consultar o Oliver e achei uma receita que há muito queria fazer. Costeleta de porco com sálvia, do livro a Itália de Jamie Oliver.

Fiz uma pequena alteração, pra começar, que usei costelinha de porco e não costeleta. A receita começa com o descascamento de batatas e fervura em água com sal para dar uma amolecida nas mesmas.

Essa receita leva muita sálvia, então ela vai aparecer em todos os momentos do prato. A 1a aparição dela é numa pasta que eu fiz de 16 folhas de sálvia, 2 dentse de alho descascados, manteiga e umas 8 fatias de presunto cru, com sal e pimenta do reino a gosto, mas não deve ser muito. A 2a aparição da sálvia é que eu empanei outras 16 sálvias com azeite de oliva e farinha de trigo sem fermento.

Depois, dei uma selada nas costelinhas temperadas com sal (no meu caso) em frigideira com azeite de oliva. Enquanto fui fritando as costelinhas, coloquei numa assadeira em forno pré-aquecido as batatas, bacon picadinho, dentes de alho descascados (o Jamie sempre põe com casca, mas eu acho que fica mais gostoso ainda sem casca) e azeite de oliva regando tudo. As costelinhas seladas foram adicionadas por cima disso tudo, com as folhas de sálvia empanadas e a pastinha que foi preparada no começo, quando essas 2 estavam crocantes sobre as costelinhas, tirei do forno, deixei descansar um par de minutos e voilá!

Comemos eu, polly, cacá, álvaro, zé e cris!



As lumbrigas na espreita do rango!

A segunda receita foi um grande desafio, O cassoulet, tã tã tã tã!

Eu sempre quis fazer esse prato do livro do Anthony Bourdain! Comecei comprando tudo na sexta, e já deixei o feijão branco de molho em água e as coxas de pato temperadas com sal grosso. No segundo dia, eu dei uma pseudo confitada no pato, pq como não achei gordura de pato em bh, tive que improvisar com manteiga de garrafa e azeite extra virgem. As coxas de pato foram ao forno com pimenta do reino, alho, alecrim e tomilho e essa mistura de gorduras, hehehe, tudo coberto com papel alumínio. Acho que ficou cerca de 1h e 30min no forno. Enquanto isso, cozinhei o feijão branco em água com sal, pimenta do reino, alho, cebola picados e bacon, muito bacon, de preferência com o couro, por cerca de 1h.

Depois de cozinhado o feijão, ele foi separado sem os ingredientes que cozinharam com ele (por isso tem que deixar o alho, a cebola e o bacon pedaçudos). Metade desses ingredientes são batidos num liquidificador e a outra metade é reservada. Depois de confitado o pato, retira-se o excesso de óleos, e reserva-se as coxas. Nessa mesma travessa, começamos a rearrumar o cassoulet.

Primeiro, uma camada da mistura batida (bacon, alho, cebola e o excesso dos óleos), uma camada dos mesmos ingredientes da mistura só que sem serem batidos, uma camada de feijão branco, o pato confitado e quase que ia me esquecendo, linguiças fritas também! Por cima disso tudo, mais uma camadinha da mistura batida. Coloquei tudo isso em forno pré-aquecido para assar por mais 1h e 30min cobertos com a água do feijão, que foi reservada.

No domingo, 2 dias depois, tirei o cassoulet que foi à geladeira depois de esfriar após a última ao forno, coloquei mais um pouco da água do feijão e assei por mais 1h e 30min aproximadamente, e servi! Deu certo! Estava uma delícia!

Feliz dia dos pais aos pais, pq esse meu prato foi para o meu e todos os outros pais desse Brasil Varonil, em especial o Humbas e o Zé Willys!



Comemos eu, ori, papai, mamãe, vivi e humberto.

A vivi, para esse dia dos pais, fez uma entrada que era um purê de bacalhau coberto com vegetais cozidos que estava uma delícia, é como se fosse um bolinho de bacalhau cru combinado com a textura de legumes firmes porém bem cozidos.

Mamãe fez a sobremesa, um quase sorvete de queijo (requeijão + creme de leite + leite condensado) com uma camada quente de goiabada cascão, ficou show demais! Tudo isso acompanhado de café expresso, licores, o charuto dos veio depois e dizem que ainda teve um quase repeteco de bebedeira depois de tudo, hehehe.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Muitos Posts, poucas fotos

Voltando a escrever, depois de longa pausa, volto com a descrição de 3 eventos e 3 receitas, porém, não tenho lembrado de tirar fotos, então vou ilustrar com a ajuda do vosso pai google...

A primeira receita tem tempo já, foi no dia dos namorados, que eu e Polly, depois de muita conversa, decidimos por fazer um rango especial só para nós 2.

A receita veio do livro que ela me deu de presente há um tempo, entitulado Chefs, com aproximadamente um bilhão de receitas que vão desde ovos à jantares complexos. A receita escolhida foi o Bife à Wellington. Consiste de um bife, no caso o escolhido por mim foi o Bife Ancho, excelente para este tipo de prato. O Bife foi selado rapidamente na frigideira com azeite e manteiga e foi reservado. Panquecas de cebolinha foram preparadas, com a base simples de ovos, leite e farinha batidos à mão, para envolver o bife. Entre os bifes e as panquecas, estavam uma mistura de cogumelos (fungi secci tradicional e chileno) reidratados e fritos na mateiga, alho, cebola e tomilho e adicionados de creme de leite. Ah, e entre os bifes e os cogumelos, uma camada de 3-4 presuntos Parma! Tudo isso foi envolto em massa folhada (daquelas prontas congeladas, da Arosa) e levado ao forno até que esta atingisse o ponto ideal de crocância. Como toda massa folhada, ela levou umas belas pinceladas de gema antes de ir ao forno para ganhar aquele dourado bacana. Para acompanhar, fomos de espumante Conde de Foucauld Brut Rosé, o preferidésimo da Polly.

Ficou parecido com esse aqui, mas parece que na receita dessa foto não teve cogumelhos, que ficariam ali entre o presunto e a panqueca.

A segunda receita foi do aniversário de casamento dos meus pais, no qual decidimos fazer uma receita do Jamie Oliver que lembra bem o bife do dia dos namorados. A diferença é que fizemos ele com uma peça inteira de filé mingnon limpo e não tinha nem panquecas e nem massa folhada. Como não deu muito certo enrolar uma peçona de filé com presunto parma, eu assei no forno dessa forma:

uma camada de batatas e alho (tradicional das minhas receitas, hehehe), uma camada de presunto Parma, o filé temperado com sal, pimenta do reino e ervas aromáticas como o alecrim e o tomilho; e pra finalizar, uma mistura de cogumelos secos reidratados (porccinis, caríssimos e deliciosos) fritos rapidamente com mateiga e alho. Enquanto assava, foi despejado à vinha d'alhos (esse eu aprendi com a minha vó Ida), vinho tinto sobre o filé.

O ponto desse filé ficou ótimo e foi uma pena que o Parma não conseguiu ser enrolado nele, senão teria ficado mais gostoso ainda. Pra iniciar esse jantar, bebemos um delicioso Veuve Clicquot, já tradicional nas celebrações de niver de casamento dos meus chiques velhos, hehehe.

As fotos desse, nem o google ajudou... que pena!

Por fim, a última receita: um papardele ao molho de alho-poró e Parma com um pangratato de ciabatta e porccini.

Esse macarrão é muito diferente e é do livro Jamie em Casa, o resultado final fica muito bom!

Inicialmente, piquei 8 alho-poró (sim, 8!) e dei uma cozinhada neles após fritar numa panela grande um pouco de alho na manteiga e óleo. Adicionei à panela (após uma leve fritada em tudo) vinho branco (uns 2 copos), 1 litro de caldo de legumes, pimenta do reino e uma pitada de sal. Cobri o conteúdo da panela com uma boa camada de Parma e deixei cozinhar em fogo brando por 30 minutos. Enquanto cozinhava, eu, Cris, Polly e Zé, preparamos o pangratato: pão ciabatta picado, pimenta do reino, sal grosso (não exagare como eu quase fiz) e porccini (sem reidratar, dá muito certo!), tudo isso triturado no liquidificador até ficar tipo uma farofa grossa. Essa farofa foi frita em um frigideira larga com azeite, alho e alecrim, até ficar tostadinha, bem crocante. Molho cozido, pangratato pronto, fomos para o cozimento do papardele, 10 minutos em água fervente, para os fãs de al dente, 8-9 minutos. Enquanto o macarrão cozinhava, o Parma do molho foi picotado e foi adicionado à mistura sobre fogo baixo, manteiga e um bucadão de parmesão ralado. O macarrão pronto foi incorporado ao molho e o pangratato foi adicionado no próprio prato, fica muito gostoso porque o que tempera o prato é o pangratato, mas o molho não deixa de imprimir uma personalidade ao gosto do grosso papardele! Ficou muito gostoso e diferente!

Ignorem o filé ao lado, a idéia da foto é mostrar como que fica o visual do prato!

Um bom vinho que acompanhou o papo antes da janta foi o chileno Concho, achei muito gostoso!

Vocês viram que foi praticamente uma compilação de receitas com presunto Parma e cogumelo Porccini. Foi por coincidência e também por vontade acumulada, minha e da Polly, de executar esses pratos, principalmente os 2 primeiros, dos meus livros de receita!

O presunto Parma tem esse nome no Brasil, mas é na verdade presunto cru o seu nome, porém, tal qual Gilete no Brasil é sinônimo de lâmina de barbear, o presunto cru ficou conhecido aqui assim!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Risoto da minha risoteira predileta!



Só para constar, aquele último post foi do dia 02 de maio, o dia mais doido do ano!

Agora vou falar do prato que eu e a Polly fizemos para nossos grandes amigos Gabi, Rios, Marco e Xan. A receita é do Olivier e foi muito interessante, já que nunca tinha visto um risoto que levasse muçarela de bufala e tomate, duvidei um pouco que ia dar certo. O preparo do risoto é como qualquer outro: cebola e alho refogado no azeite extra-virgem, risoto para mexer e soltar a amilopectina (que é o grande tchan do arroz arbóreo, pois dá essa consistência ao molho cremoso que forma no risoto), vinho branco seco para a primeira inchada do arroz e caldo de carne para as respectivas e, ao final, tomate italiano maduríssimo picado, muçarela de bufala (em bolas, não a fatiada das gôndolas) picada, muitas folhas de manjericão e sal (que faltou um pouquinho, mas não prejudicou de forma alguma a receita, porque umas das poucas coisas que se corrige no prato servido é o sal). O interessante do risoto é ver a preferência de ponto entre as pessoas, a Polly, assim como a Gabi, prefere bem al dente, enquanto eu e o resto da rapeize prefere um pouco menos, mas de ambas as formas, é uma delícia. Uma dica que o Olivier deu e a gente não seguiu, foi usar só a parte externa do tomate, que retem menos líquidos do fruto, mas isso não prejudicou a receita, só deixou mais molhado o risoto.

Para acompanhar, eu fiz um filé mignon empanado, só que eu não bato o filé, deixo ele bem macio, passo no ovo, leite e farinha e mando brasa, eu, pessoalmente, adoro! E combinou, porque o risoto era meio parmegiano. Mas faltou um pouquinho de sal também, mas tô aprendendo a ter menos medo de sal nas receitas, cada vez mais falta menos.

Essa aventura foi do dia 16-05.
A minha receita definitiva de Pernil de Cordeiro!

Vou ser sucinto aqui porque vocês já acompanharam em tantos outros posts os encantos do sabor e do preparo tanto do pernil quanto da paleta de cordeiro. As grandes novidades dessa última foram: meus pais finalmente provaram meu cordeiro e dessa vez, eu peguei todas as ervas da minha horta (salsinha, manjericão, alecrim, tomilho, sálvia e hortelã) e bati no processador junto com bastante alho, pimenta do reino e azeite de oliva extra-virgem. O preparo foi aquele tradicional, ao forno com cama de batatas, mas o tempero eu esfreguei em cima da carne, deu um sabor especial e diferente!

Os convidados foram: Tio Augusto (até a Polly chama o Tio Augusto de Tio Augusto, então é isso mesmo!), Cristina, Polly, Mamãe e Pai. O motivo, dentre outros, foi a volta da véia para o lar, definitivamente, que é mais que motivo para comemorar!

Não dá pra ver tanta diferença visualmente não, o que muda muito é o sabor das ervas diretamente sobre a carne, assim como o do alho!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Segunda parte do Comida di Buteco

Vamos então à segunda e última parte da nossa aventura pelos comidas di buteco. Em breve devo postar mais uma receita de cordeiro (acho que a minha definitiva! Essa ficou diferente das outras!) e se der, a da Vivi enrolona! hehehe.

Primeiro os melhores dessa segunda parte:

O Barção Moreira, apesar de ser longe pra diabo, fez um costelão bacana, com um jilo bem tradicional (mas gostoso, acho que aprendi a gostar de jiló, hehehe) com uma farofinha levemente adocicada pra acompanhar e poletinha bem frita pra fechar com chave de ouro. Fora que a dona do bar, quando viu que éramos 6 pedindo só 1 prato, reforçou na costela sem a gente pedir e sem acrescentar nada. Primeira visita altamente positiva!

O Agosto Butiquim, pra mim o buteco de culinária mais refinada de BH, fez um lombo muitissimo bem temperado com massa de pastel frita em forma de doritos pra acompanhar e um "jilogela" (muitos bares fizeram jiló tipo berinjela ao forno e até que fica bom com um paozinho ou qualquer outra coisa do tipo para acompanhar). Mas aqui teve uma grande falha no atendimento, primeiro que sentamos em bancos de plástico (tipo aqueles de banheiro da casa de vó) na rua. Tudo bem que formos atendidos rápido e esse era o propósito mesmo, mas começou mals. Depois que não aceitava cartão e nossa trupe fica indignada com esses butecos no meio da zona sul não aceitarem nem cartão de débito com o argumento ridículo de que as taxas dos cartões são abusivas, não dá pra engolir um bar cheio desses desde não ter condições de pagar pra ter uma maquininha de débito... E pra fechar, a garçonete aceitou nossa confusão na hora de pagar a conta e saimos de lá dando uma generosa gorjeta não intencional de 10 reais pruma conta de 30. Fomos infelizes no final das contas...

O Café Palhares e o Doca, pra mim e isso não é um consenso da trupe, também estavam bons e o atendimento desses velhos de guerra, lotados, continua de invejar. Eles dão conta de multidões sem que pelo menos eu, num sábado de tarde, conseguisse ficar puto com algo relacionado ao serviço. MAS, o Doca pecou na escolha da carne, o matambre não conseguiu ficar com o melhor dos preparos e não agrada a qualquer um tão facilmente. JÁ o Palhares serviu tão pouco pão de jiló que parecia piada para acompanhar a saborosa língua que servia (na minha opinião!).

O Escritório da Cerveja é um bar que a gente adora ir pelo ambiente do bar, pelas cervejas diferentes e pela minha tradição de a cada ano comprar um copo novo pra minha coleção (lá vende copos de cerveja, os quais, eu coleciono). Mas esse ano, nas palavras do meu sábio e eterno amigo Ikona: "Foi mal gente, mas isso aqui é Quibe!" E era mesmo, e vinha pouco, pra piorar...

A muela do Curin Bar não impressionou, mas o Curin a gente vai muito mais pela Flor morar perto de lá e pelo pai dela ser grande amigo do Curin e ser um grande torcedor dele na competição, mas sempre fica essa sensação de podia ser melhor e mais caprichado, pelo menos pra mim.

O Pimenta com Cachaça, tal qual o 222, tinha tudo pra ser um bar excelente. É bonito o ambiente, a culinária é criativa e deliciosa mas o atendimento, PUTA MERDA! Tivemos em nossa estadia lá: um lugar entre a escada e o banheiro, um garçom que serviu primeiro a cerveja e depois os copos (e a primeira cerveja estava quente e a segunda congelada...) e um outro garçom que abria a cerveja antes da gente poder falar se era isso mesmo que a gente queria... é outro que muito provavelmente vai sair da nossa lista para o ano que vem...

Bem pessoal, foi isso, se ano que vem o blog ainda estiver ativo eu posto as aventuras do comida di buteco de 2011. Aqui vão fotos nossas do Guia BH, que estava cobrindo o evento, e o fotógrafo curtiu a gente porque encontramos com ele em 2 lugares diferentes na mesma noite, hehehe.

Da esquerda pra direita: Madeixa (Ikona), Flor, Liss, Polly, Bolha e Eu; no Barção Moreira. O Bolha foi só esse dia com a gente e a Liss esse ano foi na maioria dos butecos, esse ano ela entrou pra trupe mesmo!

A mesma rapaziada só que no Escritório da Cerveja. A Liss tava no banheiro no momento da foto.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Andei sumido

Infelizmente não tem havido oportunidades para eu me deliciar pelas aventuras gastronômicas e a Vivi está me enrolando com o texto do nosso último encontro onde os Chefs foram ela e o companheiro Humerto.

Mas, como nem só de cozinhar vive um pretendente de gourmet como eu, vou falar da minha saga, até agora, pelo maravilhoso festival Comida di Buteco, que eu, Polly, Madeixa e Flor tradicionalmente frequentamos todos os anos.

O nosso esquema é o seguinte: vamos em 3 a 4 butecos por dia que estejam localizados numa mesma região, pedimos o prato de comida di buteco, 1 cerveja, votamos, pagamos a conta e partimos pro próximo. Além de conhecer novos butecos, vários passam a ser odiados ou amados de acordo com os acontecimentos que o envolvem nas nossas visitas a cada ano. Um ideal também é tentar começar a peregrinação o mais cedo possível no dia e que esse dia seja de semana (segunda a quinta), garantimos que para o nosso propósito, que é o de conhecer bares e comer comida boa e diferente, é perfeito!

Chega de blá blá blá e vamos falar da comida em si, que é para isso que viemos. Os butecos que cairam nas nossas graças esse ano foram:

Boteco da Carne, aqui no São Pedro, bem perto da minha casa. Tirando o primeiro ano em que participou, em que tentou fazer uma costelinha ao molho pardo que dei pra lá de errado, esse tem sido um dos butecos mais nos surpreendem a cada ano: ano passado com um fondue de angu ou mandioca (não me lembro ao certo) com diversos espetos de diversas carnes deliciosas e esse ano com uns espetinhos empanados de kafta com acompanhamentos criativíssimos e saborossísimos como um jilo em conserva docinho, uma cebola no creme de leite que desmacha na boca e uma pastinha d'alho que acompanha o espeto e as fritas (de verdade e não congeladas) com perfeição. Tô apostando na vitóra ou no mínimo numa boa colocação dele esse ano (ano passado já ficou em quinto!). Fora que o dono é simpatico pra carai e sempre que vamos lá ele passa e pergunta se gostamos, se tá tudo certo e tudo mais (uma coisa que parece banal, mas quando vc vai vendo outros botecos onde nem os garçons te tratam com um mínimo de atenção, faz muita diferença!)

Outro que deixou sua marca esse ano foi o Bar do João (São João Batista), com uma trouxinha de couve recheada de jiló que acompanha uma linguiça caseira (de verdade!) e uma salada de batata fria deliciosa, todos esses componentes muito bem molhados no molhim de maionese especial deles. Esse bar é meio longe, no meu ponto de vista (hehehe) mas é um bar que sempre apresenta um rango que prima pela qualidade, cerveja impecavelmente gelada e atendimento bem humorado e amigável (mesmo no infernal comida de buteco), enfim: UM BAR BOM!

Vou começar a resumir que duvido que alguém esteja lendo até aqui, mas outros que foram muito bem no ponto de vista da nossa pequena trupe até agora foi o surpreeendente Armazém do Árabe, que renasceu das cinzas após ficar anos com pratos médios desde o cordeiro com hortelã; o Estabelecimento pelo impecável atendimento (até rimou!) e Mulão, pelo tira gosto mais de buteco de todos mas sem perder o requinte e o bom gosto do festival. Entre muitos outros que também estão gostosos como Aconchego da Floresta e Família Paulista (todo ano começamos por ele e nunca nos arrependemos, o dono, o Paulista, sempre faz pratos caprichadíssimos e criativos demais, é sempre um bom começo!)

Passem longe do 222, onde a fila enorme e os garçons perdidos e lentos não compensam pelo prato até criativo mas de sabor ordinário. Passem longe também da dupla Bartiquim e Temático, apostaram no prato errado e assim como o 222, o estresse da fila e das mesas coladas umas nas outras não vale a pena pela simplicidade e mediocridade do prato. Mais um que não gostamos e nem recomendamos é o Via Cristrina, pelas mesmas razões acima apresentadas (voltou, mas não pra brilhar, nem sei pra que foi voltar desse jeito).

Carne de lata com farofa de migas com jiló - eu que não conhecia carne de lata, provei e aprovei! (Armazém do Árabe)
Kafta à milanesa no espetinho, acompanha molho de alho especial, jiló japonês, batata frita com ervas e pétalas de cebola ao creme de leite e parmesão - além de tudo tem essa linda apresentação, é campeão! (Boteco da Carne)

Linguiça caseira. Acompanha farofa de jiló na trouxinha de couve com pimenta biquinho, mandioca na manteiga e molho especial - ao vivo é mais bonito (e gostoso!) (Bar do João - S. J. Batista)

Costelinha de porco assada na brasa acompanhada de jiló frito - quase não falei dele, mas tá uma delícia também, lembrei dessa delícia procurando as fotos pra colocar aqui. Costelinha na farinha e saborosos chips de jiló! (Aconchego da Floresta)

quarta-feira, 3 de março de 2010




Essa postagem vai ser um pouco mais detalhada, seguindo o tradicional post secundário falando do dia e dos integrantes.

O evento foi o aniversário da Polly, eu e Cris escolhemos um prato para cozinhar pra ela e alguns convidados. Adivinha de quem foi a receita? Jamie Oliver! Um Risoto com Cebola e Linguiça Cottechino. Infelizmente o Verde Mar não tinha a tal linguiça, então acabou sendo uma de pernil de porco mesmo. As cebolas são assadas por um longo tempo no forno, algumas são adicionadas no meio pro fim do preparo do risoto e outras são adicionadas somente no final do prato. Todas são assadas por um tempo, na casca, antes do preparo do risoto, para amaciar e adocicar a cebola antes da sua utilização. O risoto é o basicão do Jamie Oliver.

O resultado final foi ótimo, pena que não deu pra usar a linguiça cottechino, parece que ela faria diferença. Mas um risoto feito pela Cris, Cacá e moi não tinha como ficar muito ruim, afinal a culinária italiana corre nas veias da tchurma dessa casa, especilamente no que diz respeito a risotos. Vale lembrar a citação que a Cris sempre diz com orgulho, soltada pelo seu mentor culinário, o Leo Noronha: "É Cris, você já me passou há muito tempo no risoto..."

Os integrantes foram: Eu, Polly, meu pai, os pais da Polly, Gabi, Xan e Cacá.

Ah, antes que eu me esqueça, a Xan também deu sua contribuição com um bolo de chocolate molhadinho que ela encontrou na internet, que quase deu muito errado porque estava prestes a ser feito com ovos estragados (ainda bem que desandaram na hora de tornarem-se em neve). No final deu certo também, e teve até decoração de jujubas, enaltecidas pelo meu próprio pai.

De entrada, as clássicas brusquetas que aprendi com a Cris: tomatinho italiano, alho, manjericão, azeite do bom, sal, pimenta do reino e parmesão ralado; tudo isso em cima dum bom pão italiano e alguns minutinhos de forno, fica um espetáculo! É sempre um sucesso de vendas!

A data foi dia 23 de fevereiro, no dia do niver da Polly.

Ah que saudade que eu tava dum risoto e de umas boas cervejas (que nos acompanharam ao longo da noite nas suas mais diversas marcas e tipos nacionais e internacionais)!

Hoje eu vou fazer 2 postagens, porque andei meio esquecido de postar aqui e também porque a Polly esqueceu de me mandar as fotos e acabei esquecendo de cobrar dela também.

Enfim, um belo domingo desses, estávamos no tradicional bodão de domingo e começa a grande odisséia da casa dos Mendonça (Polly's) para a decisão do almoço. Da parte da Cacá é sempre risoto básico com filé aos 4 molhos, da parte do Zé é sempre macarrão básico com frango assado e dos outros 3 integrantes (Eu, Polly e Cris), sempre alguma novidade (quando resistimos aos insistentes pedidos de Cacá e/ou Zé para a execução dos clássicos demandados insistentemente por eles).

Após reviradas as páginas dos diversos Jamie Olivers da Cris, não conseguimos chegar a nenhum consenso. Parti pela primeira vez a explorar o Gordon Ramsay, Paixão pelo Sabor, e apesar da maior dificuldade e rebuscamento dos pratos dele, ao final de todo o processo descobri que as vezes, isso vale a pena e faz a diferença! O prato foi um Peixe ao Vinho Tinto com Especiarias e um alho poró tostado no forno espalhado por cima do peixe branco de escolha (acho que foi tilápia).

Ele vai ao forno com o vinho, tempero básicos e um mix de especiarias (semente de erva doce, canela, pimenta do reino, flor de anis e pimenta calabresa). Acompanhou um arroz branco soltinho que deu aquela absorvida no molho e deu pra aproveitar melhor o gosto. O alho poró por cima foi tostado no forno com azeite em outra travessa e jogado por cima, acrescentando sal e crocância ao prato suave e levemente adocicado e apimentado.

Tanto eu quanto a Cris não demos muita trela para a gostosura desse prato não, mas quando ficou pronto valeu ter arriscado na receita, no mínimo diferente, do Ramsay. As notas foram ótimas, inclusive do Zé, que pela primeira vez me deu uma nota maior que 9.

Ah, se meu mestrado fosse em culinária eu tiraria tudo sempre de letra, mas aí não teria graça, porque o que sobraria pra ser meu hobby?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Paleta de Cordeiro com Alho e Alecrim do Jamie Oliver, do livro Jamie Oliver em Casa.

Dia 14-01-2010

Os convidados estão no outro post!

Em mais um vôo solo, resolvi estender a culinária cordeiriana para os meus queridos vets, que assim como eu, compartilham a paixão pelos cordeiros, mais na travessa que no pasto, hehehe.

A receita é basicamente a mesma do pernil, só que leva menos tempo de cozimento, leva papel alumínio, menos temperos e complementos (porém, os poucos que vão, são mais abudantes em quantidade: alho e alecrim, carros chefes dessa receita). As batatas com manteiga e tomilho dessa vez foram na própria travessa, o que deu certíssimo, conforme especulado na última aventura gastronômica. Ah sim, mais uma diferença fundamental entre as receitas, essa é com paleta e não pernil.

No final sobrou só o osso das 2 paletas com batatas, o que me levou a crer que ou estava muito bom ou faltou comida, ou um pouco de cada, hehehe.

As críticas foram pertinentes a respeito de tempearar um pouco mais o pernil e um pouco menos a batata, mas isso não interferiu de forma alguma no conjunto final da obra, que se equilibrou lindamente (as batatas levemente mais salgadas com o pernil levemente menos temperado).

Os presentes nessa empreitada foram: Nemo (que não bebeu, para espanto geral da nação), Pu, Minhoca (ou Morim, para os íntimos), Guigui (ou Gugu para todos os outros que não eu e a Polly), Carla Ba** (que não sabe ler e-mails), Dri (um grande fã de cordeiro, que pediu molho de vinho e recebeu na hora, hehehe), Polly e Eu.

Reitero aqui que os vôos solo não são oficiais e que a próxima balada culinária já terá presente a Vivi do Leo Vivi e ocorrerá no final de janeiro, quando então voltaremos aos "chrabai" oficiais.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010















Pernil de Cordeiro Perfeito, nas palavras de Jamie Oliver, executado no dia 03-01-2010.

Integrantes: Eu, Polly, Cris, Zé, Cacá.

Aprovado!


Na ausência de Vivi, o Leo resolveu voar solo para mais um desafio gastronômico. Acordei no domingão meio com preguiça, aquela típica dos domingos, e tava inclusive com uma baita preguiça de cozinhar, fato que Polly estranhou mas que também associou à minha preocupação com os seres canídeos e peixídeos aqui de casa que não me deixavam decidir muita coisa com sensatez.

Enquanto passava no Super Nosso pra comprar ingredientes prum prato que a Cris ia fazer, me deparei com um desafio e também desejo de longa data de cozinhar: um pernil de cordeiro. Já associei o belo corte com uma receita do meu tutor literário Jamie Oliver, ligamos pra Cris pra pedir o aval pra mudança súbita de receita e também para consultar os ingredientes da mesma, que foram os básicos para qualquer bom pernil.

Sobre uma miscelânea de legumes (cebola, alho, cenoura e aipo) e um punhado de ervas (tomilho, alecrim, louro e sálvia) o pernil de cordeiro foi cozinhando por 3 horas, fazendo um vinha d'alhos e acrescentando meus toques fora da receita: um copo de vinho e um copo de vingare de vinho, que foram sendo regados lentamente sobre a carne pra deixá-la molhadinha.

Por fim, separei o pernil, embrulhei em papel alumínio e deixei em forno baixo. O caldo que escorreu do pernil engrossei com farinha e os legumes foram para mais um copo de vinho em uma panela em fogo alto para darem uma amolecida final e pegarem mais um gostinho. Os legumes foram reincoporados à travessa do pernil, agora já sem o alumínio e o caldo engrossado foi despejado sobre a carne.

O almoço foi acompanhado de um arroz com cebolas do Zé, que quase queimou o mesmo, e por umas batatas ao forno com mateiga e tomilho da Cris, que acompanharam muito bem o prato (assim como o arrozão do Zé).

As notas ficaram por volta de 8,5; mas essa não conta como uma etapa do degrau porque eu, como descrito no começo, cozinhei sem a Vivi do Leo Vivi. As sugestões foram de aumentar a quantidade de legumes da receita, pois os utilizados acabaram e de deixar o pernil mais um poquinho no forno, porque a parte mais grossa dele ficou um pouco mal passada demais na proximidade do osso (apesar dos integrantes Guedes Mendonça terem curtido a idéia dum "já te vi" no almoço de segunda).