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terça-feira, 20 de julho de 2010

Muitos Posts, poucas fotos

Voltando a escrever, depois de longa pausa, volto com a descrição de 3 eventos e 3 receitas, porém, não tenho lembrado de tirar fotos, então vou ilustrar com a ajuda do vosso pai google...

A primeira receita tem tempo já, foi no dia dos namorados, que eu e Polly, depois de muita conversa, decidimos por fazer um rango especial só para nós 2.

A receita veio do livro que ela me deu de presente há um tempo, entitulado Chefs, com aproximadamente um bilhão de receitas que vão desde ovos à jantares complexos. A receita escolhida foi o Bife à Wellington. Consiste de um bife, no caso o escolhido por mim foi o Bife Ancho, excelente para este tipo de prato. O Bife foi selado rapidamente na frigideira com azeite e manteiga e foi reservado. Panquecas de cebolinha foram preparadas, com a base simples de ovos, leite e farinha batidos à mão, para envolver o bife. Entre os bifes e as panquecas, estavam uma mistura de cogumelos (fungi secci tradicional e chileno) reidratados e fritos na mateiga, alho, cebola e tomilho e adicionados de creme de leite. Ah, e entre os bifes e os cogumelos, uma camada de 3-4 presuntos Parma! Tudo isso foi envolto em massa folhada (daquelas prontas congeladas, da Arosa) e levado ao forno até que esta atingisse o ponto ideal de crocância. Como toda massa folhada, ela levou umas belas pinceladas de gema antes de ir ao forno para ganhar aquele dourado bacana. Para acompanhar, fomos de espumante Conde de Foucauld Brut Rosé, o preferidésimo da Polly.

Ficou parecido com esse aqui, mas parece que na receita dessa foto não teve cogumelhos, que ficariam ali entre o presunto e a panqueca.

A segunda receita foi do aniversário de casamento dos meus pais, no qual decidimos fazer uma receita do Jamie Oliver que lembra bem o bife do dia dos namorados. A diferença é que fizemos ele com uma peça inteira de filé mingnon limpo e não tinha nem panquecas e nem massa folhada. Como não deu muito certo enrolar uma peçona de filé com presunto parma, eu assei no forno dessa forma:

uma camada de batatas e alho (tradicional das minhas receitas, hehehe), uma camada de presunto Parma, o filé temperado com sal, pimenta do reino e ervas aromáticas como o alecrim e o tomilho; e pra finalizar, uma mistura de cogumelos secos reidratados (porccinis, caríssimos e deliciosos) fritos rapidamente com mateiga e alho. Enquanto assava, foi despejado à vinha d'alhos (esse eu aprendi com a minha vó Ida), vinho tinto sobre o filé.

O ponto desse filé ficou ótimo e foi uma pena que o Parma não conseguiu ser enrolado nele, senão teria ficado mais gostoso ainda. Pra iniciar esse jantar, bebemos um delicioso Veuve Clicquot, já tradicional nas celebrações de niver de casamento dos meus chiques velhos, hehehe.

As fotos desse, nem o google ajudou... que pena!

Por fim, a última receita: um papardele ao molho de alho-poró e Parma com um pangratato de ciabatta e porccini.

Esse macarrão é muito diferente e é do livro Jamie em Casa, o resultado final fica muito bom!

Inicialmente, piquei 8 alho-poró (sim, 8!) e dei uma cozinhada neles após fritar numa panela grande um pouco de alho na manteiga e óleo. Adicionei à panela (após uma leve fritada em tudo) vinho branco (uns 2 copos), 1 litro de caldo de legumes, pimenta do reino e uma pitada de sal. Cobri o conteúdo da panela com uma boa camada de Parma e deixei cozinhar em fogo brando por 30 minutos. Enquanto cozinhava, eu, Cris, Polly e Zé, preparamos o pangratato: pão ciabatta picado, pimenta do reino, sal grosso (não exagare como eu quase fiz) e porccini (sem reidratar, dá muito certo!), tudo isso triturado no liquidificador até ficar tipo uma farofa grossa. Essa farofa foi frita em um frigideira larga com azeite, alho e alecrim, até ficar tostadinha, bem crocante. Molho cozido, pangratato pronto, fomos para o cozimento do papardele, 10 minutos em água fervente, para os fãs de al dente, 8-9 minutos. Enquanto o macarrão cozinhava, o Parma do molho foi picotado e foi adicionado à mistura sobre fogo baixo, manteiga e um bucadão de parmesão ralado. O macarrão pronto foi incorporado ao molho e o pangratato foi adicionado no próprio prato, fica muito gostoso porque o que tempera o prato é o pangratato, mas o molho não deixa de imprimir uma personalidade ao gosto do grosso papardele! Ficou muito gostoso e diferente!

Ignorem o filé ao lado, a idéia da foto é mostrar como que fica o visual do prato!

Um bom vinho que acompanhou o papo antes da janta foi o chileno Concho, achei muito gostoso!

Vocês viram que foi praticamente uma compilação de receitas com presunto Parma e cogumelo Porccini. Foi por coincidência e também por vontade acumulada, minha e da Polly, de executar esses pratos, principalmente os 2 primeiros, dos meus livros de receita!

O presunto Parma tem esse nome no Brasil, mas é na verdade presunto cru o seu nome, porém, tal qual Gilete no Brasil é sinônimo de lâmina de barbear, o presunto cru ficou conhecido aqui assim!