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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Andei sumido

Infelizmente não tem havido oportunidades para eu me deliciar pelas aventuras gastronômicas e a Vivi está me enrolando com o texto do nosso último encontro onde os Chefs foram ela e o companheiro Humerto.

Mas, como nem só de cozinhar vive um pretendente de gourmet como eu, vou falar da minha saga, até agora, pelo maravilhoso festival Comida di Buteco, que eu, Polly, Madeixa e Flor tradicionalmente frequentamos todos os anos.

O nosso esquema é o seguinte: vamos em 3 a 4 butecos por dia que estejam localizados numa mesma região, pedimos o prato de comida di buteco, 1 cerveja, votamos, pagamos a conta e partimos pro próximo. Além de conhecer novos butecos, vários passam a ser odiados ou amados de acordo com os acontecimentos que o envolvem nas nossas visitas a cada ano. Um ideal também é tentar começar a peregrinação o mais cedo possível no dia e que esse dia seja de semana (segunda a quinta), garantimos que para o nosso propósito, que é o de conhecer bares e comer comida boa e diferente, é perfeito!

Chega de blá blá blá e vamos falar da comida em si, que é para isso que viemos. Os butecos que cairam nas nossas graças esse ano foram:

Boteco da Carne, aqui no São Pedro, bem perto da minha casa. Tirando o primeiro ano em que participou, em que tentou fazer uma costelinha ao molho pardo que dei pra lá de errado, esse tem sido um dos butecos mais nos surpreendem a cada ano: ano passado com um fondue de angu ou mandioca (não me lembro ao certo) com diversos espetos de diversas carnes deliciosas e esse ano com uns espetinhos empanados de kafta com acompanhamentos criativíssimos e saborossísimos como um jilo em conserva docinho, uma cebola no creme de leite que desmacha na boca e uma pastinha d'alho que acompanha o espeto e as fritas (de verdade e não congeladas) com perfeição. Tô apostando na vitóra ou no mínimo numa boa colocação dele esse ano (ano passado já ficou em quinto!). Fora que o dono é simpatico pra carai e sempre que vamos lá ele passa e pergunta se gostamos, se tá tudo certo e tudo mais (uma coisa que parece banal, mas quando vc vai vendo outros botecos onde nem os garçons te tratam com um mínimo de atenção, faz muita diferença!)

Outro que deixou sua marca esse ano foi o Bar do João (São João Batista), com uma trouxinha de couve recheada de jiló que acompanha uma linguiça caseira (de verdade!) e uma salada de batata fria deliciosa, todos esses componentes muito bem molhados no molhim de maionese especial deles. Esse bar é meio longe, no meu ponto de vista (hehehe) mas é um bar que sempre apresenta um rango que prima pela qualidade, cerveja impecavelmente gelada e atendimento bem humorado e amigável (mesmo no infernal comida de buteco), enfim: UM BAR BOM!

Vou começar a resumir que duvido que alguém esteja lendo até aqui, mas outros que foram muito bem no ponto de vista da nossa pequena trupe até agora foi o surpreeendente Armazém do Árabe, que renasceu das cinzas após ficar anos com pratos médios desde o cordeiro com hortelã; o Estabelecimento pelo impecável atendimento (até rimou!) e Mulão, pelo tira gosto mais de buteco de todos mas sem perder o requinte e o bom gosto do festival. Entre muitos outros que também estão gostosos como Aconchego da Floresta e Família Paulista (todo ano começamos por ele e nunca nos arrependemos, o dono, o Paulista, sempre faz pratos caprichadíssimos e criativos demais, é sempre um bom começo!)

Passem longe do 222, onde a fila enorme e os garçons perdidos e lentos não compensam pelo prato até criativo mas de sabor ordinário. Passem longe também da dupla Bartiquim e Temático, apostaram no prato errado e assim como o 222, o estresse da fila e das mesas coladas umas nas outras não vale a pena pela simplicidade e mediocridade do prato. Mais um que não gostamos e nem recomendamos é o Via Cristrina, pelas mesmas razões acima apresentadas (voltou, mas não pra brilhar, nem sei pra que foi voltar desse jeito).

Carne de lata com farofa de migas com jiló - eu que não conhecia carne de lata, provei e aprovei! (Armazém do Árabe)
Kafta à milanesa no espetinho, acompanha molho de alho especial, jiló japonês, batata frita com ervas e pétalas de cebola ao creme de leite e parmesão - além de tudo tem essa linda apresentação, é campeão! (Boteco da Carne)

Linguiça caseira. Acompanha farofa de jiló na trouxinha de couve com pimenta biquinho, mandioca na manteiga e molho especial - ao vivo é mais bonito (e gostoso!) (Bar do João - S. J. Batista)

Costelinha de porco assada na brasa acompanhada de jiló frito - quase não falei dele, mas tá uma delícia também, lembrei dessa delícia procurando as fotos pra colocar aqui. Costelinha na farinha e saborosos chips de jiló! (Aconchego da Floresta)